14 de agosto de 2012

Chalita diz que máfias dominam São Paulo e que é o único que pode governar com Dilma e Alckmin



O candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, disse nesta terça-feira (14) durante a sabatina Folha/UOL que é o único candidato que pode acabar com a polarização entre PT-PSDB na cidade. Ele também afirmou que a cidade está dominada por máfias e criticou a gestão do atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD).
Chalita declarou que, entre os candidatos, só ele terá condições de unir na cidade o apoio do governo federal da presidente Dilma Rousseff (PT) com o do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
"Eu sou amigo dela. Eu ajudei a Dilma na campanha presidencial. Eu tenho uma ótima relação com ela e eu terei condições de trabalhar com os dois, com o Alckmin e com a Dilma. Aliás, só eu tenho essa condição de unir os dois", disse Chalita, que é do mesmo partido do vice-presidente, Michel Temer, e amigo e ex-secretário de Alckmin. Segundo o candidato, a cidade "perde muito com a briga entre PT e PSDB".Ao ser questionado sobre sua amizade com Alckmin e sobre se o governador fala mal do candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, Chalita criticou seu adversário. "O Alckmin é um homem muito correto. O Alckmin não é dissimulado.
 Eu nunca o vi com duas caras. O Alckmin vai apoiar o Serra porque é do partido dele. O Alckmin não vai fazer com o Serra o que o Serra fez com ele", disse ChalitaO candidato se referia às eleições para prefeito em 2008. Na ocasião, Serra era governador e apoiou a reeleição de Kassab mesmo com Alckmin concorrendo por seu partido.

Máfias em São Paulo

Chalita disse ainda que a cidade está dominada por máfias, mas disse que a máfia "não está na prefeitura". "Tem que peitar as máfias no começo, senão não peita mais. São máfias mesmo que estão aí. A imprensa mostra isso o tempo todo.
 Qual é o caminho que eu vejo para isso? O mais eficiente para isso é a tecnologia. Quanto mais objetivo você é quando sistematiza a administração da prefeitura pela internet você dificulta muito a corrupção."O candidato também aproveitou a sabatina para atacar o atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), e disse que hoje há na prefeitura "uma bagunça administrativa muito grande". "Precisa reduzir o número de secretarias, criar o conceito de governo eletrônico. Nós temos hoje uma dificuldade muito grande de receber um bom serviço da Prefeitura de São Paulo", disse.
Para Chalita, "faltou presença" ao prefeito Kassab. "Faltou presença, o prefeito tem que ser presente, a cidade é muito complexa. Quanto mais o prefeito tem foco na cidade e está presente na cidade, maior condição terá de resolver os problemas. Na minha opinião, ele foi um prefeito ausente. Na última escalada de violência o prefeito estava em Belo Horizonte", disse Chalita ao ser questionado sobre os pontos positivos e negativos da atual administração..Chalita também afirmou que seu patrimônio saltou de R$ 700 mil, em 2000, para R$ 11,5 milhões, em 2012, devido à herança que recebeu do seu pai e à venda de seus livros."Eu tenho herança, recebi herança do meu pai. E vendi muitos livros, trabalho e dou aulas. Graças a Deus tive um pai que começou pobre, como feirante, e morreu um homem rico", disse Chalita ao ser questionado sobre o aumento de seu patrimônio.
Na declaração de bens que enviou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no registro de sua candidatura para prefeito de São Paulo, Chalita informou ter R$ 11,5 milhões.
O candidato, que é autor de mais de 60 títulos, afirma ter vendido mais de 10 milhões de livros. Questionado, então, se havia vendido mais livros que J.K Rowling, autora da série "Harry Potter", que vendeu cerca de 4 milhões de livros no Brasil, o candidato respondeu: "Que bom, né?"                               noticias uol.

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