24 de agosto de 2012

Morre Félix, o ex-goleiro da Copa de 70


Foto: Agência Estado

Quando se fala na galáctica Seleção tricampeã do mundo de 1970, lembra-se logo dos medalhões. Os gols e os não gols antológicos de Pelé, os lançamentos milimétricos de Gerson, a inteligência de Tostão, a explosão de Jairzinho, a patada atômica de Rivellino, a liderança de Carlos Alberto Torres... Mas uma personagem, em especial, também deu sua grande contribuição para o título. Chamado carinhosamente de Papel, por ser tão magro e leve, o goleiro Félix deu seus voos rasantes e salvadores em jogos difíceis contra a Inglaterra e o Uruguai. Naqueles momentos, ajudou como nunca o país a viver a felicidade. O mesmo Brasil que agora fica triste com sua morte na manhã desta sexta-feira, aos 74 anos.
Para quem é jovem e não viu ou já tem idade mas não se recorda, os dois momentos de Félix na história brasileira nas Copas ocorreram em duas partidas das mais difíceis na campanha do tricampeonato mundial. A primeira grande defesa foi contra a Inglaterra. E ocorreu logo no início, quando o placar ainda estava 0 a 0. Aos 12 minutos do primeiro tempo, após centro da direita, Francis Lee cabeceou à queima-roupa. Félix defendeu e, no rebote, ainda sofreu falta do jogador. Àquela altura, tomar um gol certamente daria mais tensão ao time, que encontrava forte marcação inglesa. Depois, com um gol de Jairzinho, o Furacão, o Brasil saiu com o triunfo por 1 a 0.

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