2 de julho de 2012
Demóstenes pede desculpas aos colegas
Em discurso no plenário do Senado, nesta segunda-feira (2), o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) reafirmou sua inocência em relação às acusações de que teria usado seu mandato para beneficiar Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso no final de fevereiro pela Polícia Federal sob acusação de comandar uma rede de corrupção. Ele também pediu perdão a todos os senadores, citando vários deles nominalmente, segundo o UOL.
"Peço perdão pelos constrangimentos que porventura causei, sobretudo aos que tiveram a gentileza de me apartear no discurso de 6 de março. Quem está aqui hoje é o mesmo homem daquele dia: envergonhado, abatido, deprimido, cansado e esgotado, mas que sente a injustiça lhe corroer o peito. E é de peito aberto que volto aqui, pedindo perdão pelos erros e compreensão para impedir que a injustiça se torne irreparável".
O senador voltou a se dizer inocente das acusações: "Não me pesa a consciência. Ela continua limpa. O que pesa é carregar, pelo isolamento dos corredores, os grilhões impostos pelos holofotes".
Demóstenes disse que "nada fez para desmerecer a construção de sua honra". "Apenas admiti em pronunciamento aqui na tribuna, no dia 6 de março passado, fui amigo de Carlinhos Cachoeira e conversava frequentemente por telefone, mas nunca tive negócios legais ou ilegais com ele. Eu não tenho nem sociedade nem nada a ver com os delitos investigados pelas operações Vegas e Monte Carlo”, ressaltou, citando duas operações da Polícia Federal. O senador avisou que falará todos os dias na tribuna, para fazer sua defesa, até a conclusão da análise do processo por quebra de decoro. "Sou inocente", ressaltou.
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