21 de julho de 2012

Combates sacodem segunda maior cidade síria

Aleppo, no norte do país, é nova frente aberta no confito Rebeldes controlam fronteira da Síria com Turquia Dezenas de pessoas morreram neste sábado na Síria em confrontos entre o Exército e os rebeldes na cidade de Aleppo, no norte do país. É nova frente aberta no confito após a eclosão da "batalha de Damasco", enquanto as forças do governo parecem ter retomado o controle. No plano diplomático, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, preocupado com a "rápida deterioração" do cenário, considerou que o governo sírio fracassou na proteção dos civis e pediu à Síria que "ponha fim às matanças e ao uso de armas pesadas contra as aglomerações". Apesar da intensificação dos combates, o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, anunciou que Paris espera "a formação de um governo provisório" que deverá "representar a diversidade da sociedade síria". Quase uma semana de intensos combates em Damasco e um atentado contra os principais chefes do aparato de segurança no coração da capital enfraqueceram o poder do presidente Bashar al-Assad. Paralelamente, os rebeldes tomaram o controle de vários postos na fronteira com Turquia e Iraque. Neste sábado, 24 pessoas morreram nos combates, sete em Damasco, principalmente assassinadas por franco-atiradores, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). A violenta jornada de sexta-feira deixou 233 mortos --153 civis, 43 soldados e 37 rebeldes-- em todo o país, indicou o OSDH. Êxodo em Aleppo "Os confrontos seguem desde sexta-feira entre as forças regulares e unidades rebeldes no bairro de Salahedin", em Aleppo, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede na Grã-Bretanha. Os Comitês Locais de Coordenação (LCC), também ligados à oposição, indicaram "um êxodo dos moradores do bairro com medo dos bombardeios do regime e de uma ofensiva" contra Salahedin, no coração da capital econômica do país. Aleppo, que estava à margem da revolta popular contra o governo de Bashar al-Assad, assim como Damasco, registrou mobilizações nos últimos meses, sobretudo em sua universidade. Na capital do país, a situação era de muita tensão neste sábado, mas o tráfego era normal no início do mês de jejum muçulmano do Ramadã. Os moradores da capital foram em grande número aos supermercados nestes três últimos dias. "Há alguns dias, vou correndo fazer as compras e volto em seguida para me esconder em minha casa", explicou Suad, uma mãe de família. Um morador do campo de refugiados palestinos de Yarmouk, no subúrbio do sul de Damasco, disse que não saía de sua casa desde quarta-feira. "É perigoso sair do campo porque há atiradores escondidos na entrada que atiram contra qualquer grupo" de pessoas reunidas, afirmou. Segundo o OSDH, os bairros de Qadam e Assali, na periferia sul da capital, foram bombardeados pelo Exército durante a noite.

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