O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, é um ditador popular. Está no poder desde 1999 sob a promessa de renovar a política do país e se vende como um líder da Revolução Bolivariana, esmagando a democracia em nome do “socialismo do século 21”. Nos últimos anos, aumentou o número de meios de comunicação “chapa branca” e reduziu os que criticam o seu governo. O assistencialismo aliado ao controle da mídia o deixa numa situação confortável para as eleições de 7 de outubro e com um elemento a mais: o apoio de Lula e do PT.
Para o ex-presidente, o “companheiro” Chávez deu ao povo venezuelano “conquistas extraordinárias” e que precisam ser “conservadas e consolidadas”. Como não bastasse o vergonhoso depoimento de Lula em defesa do ditador, surge agora o “Comitê Brasil está com Chávez”, criado ontem em São Paulo com a participação do PT, PCdoB e diversas entidades. No ato de lançamento, os petistas ressaltaram a importância que a reeleição de Chávez tem não apenas para os venezuelanos, mas para toda a América Latina.
A frase “Chávez, sua vitória será nossa vitória”, - divulgada em um vídeo de Lula no começo do mês - foi lembrada diversas vezes no evento. Lula e o PT não enxergam o governo intolerante e incapaz de tolerar uma massa contrária ao controle do Executivo. Na próxima terça-feira, o ditador será recebido com tapete vermelho pela presidente Dilma, em Brasília, na sequencia de afagos em série até o pleito na Venezuela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário