Nos primeiros seis meses deste ano, o lucro somou R$ 10,3 bilhões, uma queda de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a estatal, a queda reflete a “ maior despesa financeira líquida e maiores despesas com impostos”. Em carta aos acionistas, Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras, explicou que o recuo no lucro reflete a queda de R$ 800 milhões no resultado financeiro em relação ao primeiro trimestre deste ano.
Isso ocorreu devido “às maiores despesas com juros sobre o endividamento”. Além disso, a empresa destacou a maior alíquota de imposto de renda no segundo trimestre, já que no início do ano houve o reconhecimento de R$ 500 milhões em créditos fiscais na Holanda.
A geração de caixa operacional, medido pelo Ebitda, somou R$ 16,2 bilhões no segundo trimestre, uma alta de 13% em relação ao início deste ano, mas uma queda de 10% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 18,09 bilhões. No semestre, houve queda de 11%, para R$ 30,5 bilhões.
O endividamento líquido da empresa chegou ao fim de junho em R$ 241,349 bilhões, uma alta de9% em relação ao fim do ano passado. Em dólar, o endividamento subiu 16%, para US$ 109,5 bilhões. Segundo a Petrobras, a alta ocorreu devido a "captações de longo prazo, parcialmente compensado pela apreciação cambial de 6%".
A relação entre a dívida líquida e a geração de caixa operacional passou de 3,52 vezes para 3,94 vezes entre dezembro e junho. O número está acima das métricas determinadas pelo Conselho de Administração da companhia, e seu Plano de Negócios 2014-2018, que estabelece 2,5 vezes.
Em carta, Graça destacou que a empresa busca "a convergência dos preços de derivados no Brasil com os preços internacionais, de tal forma a tornar factível o atendimento dos indicadores financeiros, Endividamento Líquido/Ebitda e Alavancagem, nos limites e prazos impostos à Diretoria Colegiada pelo Conselho de Administração em novembro de 2013".
Conforme cálculos feitos pelo Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), no primeiro semestre deste ano, a gasolina ficou com uma defasagem média de 16,8% e o diesel de 12,6%. As perdas estimadas de receita com os custos de importação e os valores de venda no mercado nacional foram da ordem de R$ 1,9 bilhão entre janeiro e junho deste ano. Com o câmbio mais favorável nesta semana, a defasagem da gasolina caiu para 9,6%, enquanto que o diesel está sendo vendido no mercado interno 8,4% mais barato nas refinarias em relação ao mercado externo.(o globo)
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