Duas
semanas após ter feito críticas ao presidente nacional do seu partido e
potencial candidato à Presidência da República, o governador Eduardo
Campos, o ex-ministro Ciro Gomes (PSB) passou a defender candidatura
própria da legenda em 2014 e disse que, caso a sigla opte por concorrer
ao Palácio do Planalto, o mais correto seria deixar a base aliada do
Governo Federal.
"Se nós queremos apresentar uma candidatura
própria, e eu gostaria que nós apresentássemos, temos que sair do
governo, dizer por que saímos e oferecer ao povo brasileiro um embrião
de projeto para o país, para que se justifique", afirmou.
As declarações foram feitas em entrevista a uma emissora cearense e reproduzidas na última sexta-feira (15) por um blog local.
Na
entrevista, Ciro Gomes afirma que cultiva "decência" e que não acha
"razoável que o PSB fique ali catando migalhas do banquete onde estão
PMDB e PT", mas que "deixe para largar esse osso só na véspera da
eleição". "Se isso acontecer, acho que teremos cometido um grave erro",
disse.
No fim de fevereiro, Ciro provocou desconforto em seu
partido ao dizer em uma rádio local que nem Eduardo Campos nem os outros
possíveis candidatos em 2014 têm proposta para o país. "O Eduardo não
tem estrada ainda. Não conhece o Brasil. O Aécio não conhece o Brasil. A
Marina Silva representa uma negação ética, uma negação desses maus
costumes, mas não representa a afirmação de rigorosamente nada", afirmou
o ex-ministro na ocasião.
As novas declarações indicam uma
mudança de posição de Ciro Gomes, que considerava o cenário ideal
emplacar seu irmão, Cid Gomes (PSB), atual governador do Ceará, na vice
da presidente Dilma Rousseff (PT).
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