Em recente entrevista ao Programa Nossa Voz da Rádio Voluntários da Pátria AM de Ouricuri, os doutores e diretores do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE) de Ouricuri, Cássio Alencar, Anderson Aquino, Adalto Rodrigues e Maria Aelma mais uma vez se mostraram insatisfeitos com a situação da saúde da região do Araripe.
No tocante aos dez leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional Fernando de Ouricuri, Dr. Cássio disse que não tem conhecimento de nem um cirurgião vascular pra UTI de Ouricuri, muito menos um centro de hemodiálise conveniado com os leitos, o doutor finalizou dizendo que ver esse emperramento como sendo falta de vontade politica.
Dr. Adalto Rodrigues disse eu sou funcionário do estado, no entanto todos os meses eu recebo meus vencimentos dentro do próprio mês. Adalto disse ainda não entender o porquê do Sisape e Santa Casa entrarem nesse circuito (circuito de meros repassadores de dinheiro), sendo que depois desse arrodeio começaram-se os problemas de atraso no pagamento dos profissionais do regional de Ouricuri, “nesse momento eu sou a favor que o Hospital Regional Fernando Bezerra volte ao controle do governo do estado, o Sisape e a Santa Casa não Mostraram pra que vieram”, enfatizou.
Sobre os 350 médicos recém-empossados pelo governo do estado em Pernambuco, Dr. Anderson Aquino lamentou a região do Araripe não receber nenhum desses profissionais. Anderson disse ainda que com essa terceirização aumentou muito os custos e pra o usuário as melhoras foram pouquíssimas, “pra você entender antigamente um diretor do hospital ganhava uma ajuda de custo que era menos de mil reais mensalmente e hoje temos informações de que um diretor ganha mais de 15 mil reais”, explicou.
Drª Maria Aelma deixou claro que o SIMEPE tem o objetivo de buscar melhorias na saúde, se mostrando disponível para uma conversa com o Sisape ou administração do Hospital Regional Fernando Bezerra. A não vinda de médicos recém-empossados pelo governo do estado pra região do Araripe indignou também a doutora.
Maria Aelma atentou ainda para o concurso público na região, “não existe falta de médico, existe falta de compromisso dos gestores com os contratados, já é difícil pra um médico sair da capital e vim pra o sertão, ainda mais sendo pra receber calote como aconteceu na gestão passada”, finalizou
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