DA FOLHA DE S.PAULO
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Eudes Caldas, prefeito de Cabrobó (PE),
olhava desolado para o lago vazio da Barragem de Tucutu que poderia armazenar 25
bilhões de litros de água do projeto de transposição do São Francisco.
A água que passa no canal para num buraco de mais de 30 metros ainda em obras. É onde ficará a primeira elevatória do projeto. De lá, a água será bombeada para outro canal que começou a ser feito.
O primeiro canal e a barragem ficaram prontos após cinco anos de obras. Eles custaram, segundo Joaquim Maia Brandão, diretor do Departamento de Engenharia e Construção do Exército, pouco mais de R$ 120 milhões.
Quando o segundo canal estiver pronto, ele atravessará 402 quilômetros abastecendo barragens, entre elas Tucutu, e adutoras de água pela região, que hoje tem vários municípios em estado de emergência devido à seca.
A previsão era que em 2010 12 milhões de pessoas fossem beneficiadas pela transposição que tem mais um canal, também incompleto.
O sertão vai viver mais uma seca com problemas de abastecimento porque as obras foram licitadas em 2007 com projetos básicos incompletos ou malfeitos, segundo o Tribunal de Contas da União.
Contratos tiveram de sofrer aditivos e, mesmo assim, a verba foi insuficiente. Com isso, trechos estão inacabados impedindo que a água passe pelos que estão prontos.
Segundo Francisco Teixeira, secretário de Infraestrutura Hídrica da pasta da Integração Nacional, até setembro serão feitas as licitações. A expectativa é terminar parte do eixo norte em 2014.( * Dimmi Amora)
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